quarta-feira, 25 de julho de 2018

O sol irradia diferentes ondas de radiação

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O sol irradia diferentes ondas de radiação, e aquelas cuja a longitude oscila entre 400 a 800 mm (nanómetros; 1 nanómetro equivale à milionésima parte de 1 milímetro), são visíveis em forma de luz enquanto as mais curtas e as mais largas são invisíveis. As ondas mais curtas que podemos perceber são os raios luminosos violetas.
A estas ondas seguem outras que já não são visíveis, e que por isso designam-se com o nome de ultravioletas.
Estas irradiações ultravioletas podem separar-se mediante um prisma, de igual modo como se separam as radiações visíveis.
As ondas luminosas visíveis classificam-se a simples vista como vermelhas, alaranjadas, amarelas, etc., com grande número de graduações intermédias, mas a pele humana e animal estabelece, todavia, diferenças mais finas entre as radiações ultravioletas invisíveis. 
Cada longitude de onda põe em actividade um diferente aparelho cutâneo e com distintos resultados, a saber: A dilatação de vasos: As ondas de 250 e 297 mm descompõem um aminoácido que denomina-se histidina, produzindo uma substancia que dilata os vasos sanguíneos.
A vitaminação: As ondas de 262, 270, 280 y 293 nm actuam sobre uma gordura cutânea denominada colesterina. A esta gordura adere-se numa relação de 50.000/1, uma segunda gordura, a ergosterina. 
Esta ergosterina transforma-se numa baixa acção das quatro ondas mencionadas em vitamina D. Fora do organismo, quando a ergosterina é irradiada com luz ultravioleta, por exemplo, submetendo no leite que contem ergosterina na acção de uma lâmpada apropriada de luz ultravioleta, forma-se também em vitamina D. Pela irradiação da ergosterina pode-se preparar artificialmente grande quantidade de vitamina D .
Sem a vitamina D é impossível que os organismos animais podem unir o fósforo com o cálcio para formar os ossos, nem tão pouco formar a queratina com suficiente dureza para integrar a composição do bico e as unhas, pés, penas, etc., de distintos animais, não estando isento o homem. 
Quando falta a vitamina D produz-se o raquitismo nos animais jovens e osteomalacia nos animais adultos, além de outras anormalidades bem conhecidas.

A REPRODUÇÃO
A luminosidade é necessária para a reprodução, e para o canto, já que este último é uma manifestação sexual. Para uma boa reprodução necessita-se um mínimo de horas-luz por dia. O encurtamento dos dias, ou seja o número de horas-luz, traz como consequência a diminuição da actividade sexual. Paralelamente, desencadeia o fenómeno da muda, que não é mais que a preparação para enfrentar-se com a nova estação fria.
Desde há muito tempo sabe-se que a luz estimula a produção de ovos nas galinhas domésticas e em outras aves. As crónicas referem que na antiguidade os chineses colocavam de noite uma vela acendida junto à gaiola dos canários para estimula-los a cantar mais.
Muito depois, a princípios do século vinte, os agricultores do estado de Washington, nos Estados Unidos, comprovaram que podiam aumentar a produção de ovos no inverno colocavam no galinheiro uma lanterna (lâmpada) acendida, durante umas horas, todas as noites.
Porém, no passado pensava-se que a função da luz era principalmente a de aumentar o “dia de trabalho” do animal. Actualmente, se considera-se que exerce uma acção fisiológica: a luz entra pelos olhos e/ou pela pele da ave e chega ao cérebro estimulando a glândula pituitaria que secreta certas hormonas causantes da ovulação.
Por este motivo, a iluminação artificial do aviário com uma potencia mínima de luz é extremamente importante.
Para as fêmeas , um aumento da extensão do dia durante o período de crescimento estimulará sua maturação em forma antecipada. ao invés disso, uma diminuição da extensão do dia durante o período de crescimento retarda a maturidade sexual.
A luz afecta o aparelho reprodutor das aves mediante um mecanismo que compreende o cérebro, a glândula pituitaria, a tiróide, as glândulas suprarrenais e as glândulas genitais (gónadas). Nas aves, a diferença dos mamíferos, não requerem a presença de olhos para ter uma reacção fisiológica da luz. Tem a capacidade de perceber a luz directamente pelo cérebro mediante mecanismos todavia desconhecidos. Galinhas cegas podem responder à luz e aperceber-se quando a luz acende-se ou se apaga.
Isto significa que a luz passa pelas penas, a pele e os ossos para chegar ao cérebro. 
Porém, todos estes tecidos superficiais servem para filtrar grande parte da luz e só nos cumprimentos maiores de onda (laranja-vermelho) penetram no cérebro. Por isso é que o sistema reprodutor responde unicamente na luz laranja-vermelha (para a ovulação), em vez disso no sistema de engorda (frangos de corte, por exemplo), respondem melhor na luz verde-azul.
Nos canários, a cor verde favorece muito na operação de incubação e a tranquilizar muito mais efectivamente aos animais, com o qual a reprodução faz-se mais estável e segura.
As investigações tem demonstrado que para as aves requer-se, pelo menos, 0,5 bujías – pés para uma reacção reprodutora mínima. Também é importante compreender que a reacção das aves a luz não depende da extensão do dia ou da noite.
Tem-se compreendido que tem um período de sensibilidade à luz, que ocorre uma vez cada dia (período de 24 horas).
Ocorre 12 horas depois de acender-se as luzes e dura por um tempo de 4 a 6 horas. 
Chama-se a isto a fase fotossensível do dia. A luz diurna aumenta gradualmente durante uma época do ano e diminui nas outras. As horas diárias de luz natural por mês são as seguintes:

Janeiro-------------------------------10 horas
Fevereiro----------------------------11 horas
Março--------------------------------12 horas
Abril----------------------------------13 horas
Maio----------------------------------14 horas
Junho---------------------------------15 horas
Julho ---------------------------------14 horas
Agosto-------------------------------13 horas
Setembro---------------------------12 horas
Outubro-----------------------------11 horas
Novembro-------------------------10 horas
Dezembro--------------------------9 horas


As horas de luz contam-se desde meia hora antes da saída do Sol até meia hora depois de ocultar-se o Sol. Cientificamente falando, a intensidade mínima de luz para a produção de ovos e de sémen das aves é de 0,5 bujías-pie, quer dizer, 0,5 lumen/metro quadrado.
Isto consegue-se dando 3,3 watts de luz por metro quadrado de chão ou parede a iluminar que, traduzido a uma forma mais entendivel equivale a montar um foco de luz branca de 40 watts a una distancia de 1,80 m do chão da parede a iluminar.
Como nas galinhas calcula-se sobre a parte detrás dos pássaros, para chegar até ao chão diz-se que o foco deve estar a 2 metros de altura (no caso das galinhas poedeiras para criação).
Para os canários, também poderíamos adoptar o mesmo critério, mais iluminando à parede. Se por exemplo, há que iluminar uma parede de 3 m de largura por 3 m de alto (9 mts. quadrados), necessitam 3,3 x 9: 29,7 watts, o que é cumprido com demasia colocando um foco de 40 watts.
Podem-se usar focos de 25 w  e até de 15 w, se é necessário para fazer uma boa repartição da luz.
 O cálculo que temos exemplificado fornecimento o mínimo de luz, de maneira que também pode colocar dois focos de 25 watts perfeitamente ou dois focos de 15 watts. 
Sempre há que fornecer um pouco mais de luz que a que fornece o cálculo porque os focos ficam sujos com o pó e dão diariamente menos luz que quando estão limpos. Os focos devem limpar-se todas as semanas.
Também podem-se usar tubos fluorescentes, mas é mais delicado limpa-los.
No folheto “CANÁRIOS: OPERAÇÕES DE MANEJO”, damos melhores detalhes do mecanismo da acção da luz. Aqui estamos só expondo a sua importância.


EM CONSEQUÊNCIA:

Os canários, como qualquer outra ave ou animal, necessitam de luz.
Carece de todo fundamento científico o negar toda a luz que necessitam as aves, sejam eles canários ou pombos correio ou qualquer outro animal, incluído o Homem.
Muitos criadores vivem com a morte pintada nos seus animais por falta de luz suficiente
A doença Crónica Respiratória, a tuberculose, o raquitismo, a osteomalacia são signos representantes da falta de luz. Muitos canaricultores buscam afanosamente a comida salvadora ou o remédio mágico que lhes solucione os problemas que só os soluciona a luz. Por conservar as cores lipocrómicas das canários descuidam as cores melânicas de outros e a saúde geral do plantel.
Os aviários devem dispor de amplas janelas para alcançar uma excelente iluminação, e sem isso não é possível, devem contar com instalação eléctrica adequada para subministrar luz artificial quando faz falta. Não há que preocupar-se tanto das cores lipocrómicas exageradas porque, justamente, são cores alcançadas através de uma pigmentação antinatural manejada pelo homem para embelezar os animais.
Mas não devemos descuidar a enorme acção beneficiosa da luz que favorece na pele, nas penas, aos ossos, na formação da melanina, ao bico, nas unhas, etc., do canário.
Favorece o canto, na actividade muscular, a actividade celular, a actividade sexual, na reprodução,na criação, etc. Façamos de nossos aviários um bosque cheio de vida e não uma habitação de doentes crónicos.
Não saturemos os locais com uma quantidade excessiva de animais, com odores estranhos a amoníaco, sulfeto , dióxido de carbono, odores a sementes, a material humedecido, etc. A vida estabelece-se com luz e ar, duas coisas que normalmente falta em demasia em alguns criadores de canários.


RESUMINDO

Dar ênfase a estes conceitos em favor da luz para uma melhor vida dos canários, quer dizer:
– Favorece a acção dilatadora dos vasos sanguíneos.
– Favorece a formação e acção da vitamina D.
– Favorece na pigmentação da pele,penas, unhas e bico.
– Favorece na desinfecção da pele.
– Favorece na imunização da pele e do organismo.
– Favorece na pressão sanguínea e no aumento muscular.
– Favorece a eliminação das células mortas da pele.
– Favorece ao embelezamento do corpo.
– Favorece na irradiação celular.
– Favorece na  do sistema nervoso.
– Favorece na hormona da claridade.
– Favorece o amadurecimento sexual e na reprodução.

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