quinta-feira, 26 de julho de 2018

PREPARAÇÃO DO CANÁRIO PARA O CONCURSO

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Um mês antes do concurso é necessário colocar os passarinhos nas suas gaiolas e selecciona-los por famílias,num lugar habitado onde exista movimento de pessoas, para que se acostumem às pessoas,
seleccionados por famílias, num lugar habitado donde exista movimento de gente, para que se ainda pareça mentira eles percebem perfeitamente, que um canário seja arisco ou não o seja, basicamente depende disto; é também importantíssimo como é lógico a limpeza destas gaiolas.

O canário, uma vez que se muda da voadora para a gaiola, é conveniente te-lo uns dias vendo se entre eles com objecto de que não sofra nenhum tipo de trauma ao ver-se num espaço tão reduzido, tudo isto sabeis, mas creio que muitos não o fazem. 

É muito importante manter a mesma alimentação da gaiola de voo ( voadora) e sobre tudo, na agua é recomendável dar um choque vitaminico com objectivo de que o STRESS que sofrem se torne mais suportável.

Durante una semana devemos te-los nesta situação sem move-los, faz finca pé, da habitação onde estão os canários, deve estar em plena luz natural e eles completamente destapados. 

Na semana deve-se começar o treino, nesse momento pode colocá-los com uma cortina o suficientemente translúcida para que tenham perfeita luz dentro do transportadora, mas que ao mesmo tempo  evite que se vejam entre eles. 

É muito importante que na hora de formar as equipas, os animais sejam da mesma família e comprovar durante o mês de treino se existe algum exemplar com notas agudas, ou repetitivas, este exemplar chegado no caso tiramos para fora do resto. 
Na formação das das equipas é aconselhável  colocar o canário de mais poder, de cativar (empuje=empurre) ou como quereis chama-lo, no posto nº 4 e o tenor no nº 1, os dois restantes devem ser se quereis, os acompanhantes destes dois.

TREINO:

O treino deve-se realizar diariamente, durante um período de um mês.
É recomendável tirar-los a distintas horas do dia, não é conveniente tirar mais de uma vez, coisa que alguns o fazem e não é bom para o pássaro.
Do alimento, o autor fala no seguinte:

Deve-se dar uma papa composta com um complexo vitaminico, cada um é livre de dar o que quer aos seus canários ; com o dito composto vitaminico mistura-se com biscoito moído, ovo, cenoura, etc.
O autor coloca farinha de aveia, e dá gérmen de trigo, coloca levadura de cerveja.

Quantidades que se quereis saber, é colocar um quilo de biscoito, 600 gramas de cenoura, 3 ovos duros e logo estendo isto sobre una bandeja, e vai pondo uma camada fina de farinha de aveia, outra de gérmen de trigo, outra capita fina de levadura de cerveja, 2 ou 3 gramas aproximadamente de complexo vitaminico, completaremos a alimentação como é lógico, com alpista e sementes.


As sementes preocupam-me muito, Xavier informou e confirmou ao autor que um amigo seu que é biólogo, que tem feito umas análises do nabo, e qual não foi minha surpresa que o autor crê que os fungos formam-se no nabo quando a germinávamos, mas este senhor disse que contem fungos no próprio nabo seco tal como vem; então como é lógico isto ao fígado afecta-o muito e faz com eles 
e se comproveis uma coisa, todo o animal que consume mais nabo que alpista normalmente são os que mais mais afectados no aparelho digestivo.
O que é conveniente, a cada animal, (isto foi ensinado ao autor o “Sneider”, que é igual... a uns gostam mais da carne e a outros o pescado, para o mesmo como é lógico uns comem mais alpista e outros mais sementes, outros mais papa) e por suposto, há que dar-lhes a suficiente quantidade do que eles gostam, colocando os meios oportunos para que não se machuquem.


TRANSPORTE:

Eu sofri com o transporte de meus canários,
na minha carne o que nenhum de vocês passou.
Eu vi os meus canários depois de levá-los de Múrcia para Vilhena, caírem de mortos intoxicados na maleta do carro, e isso não o podeis comprovar senão com alguns aparelhos especiais que demonstram-te o grau de toxicidade que possa ter essa maleta pela falta de oxigénio e por qualquer gás que se tenha filtrado, e que o possa determinar com exactidão. O que não falha é levar ao animal destapado no assento traseiro ou no carro onde possa ir o animal aberto. O autor não aconselha nunca a maleta-transportadora, nunca. Que seja transportadora e não se passa nada? 
Sim,mas Xavier, aqui presente, depois da viagem do outro dia, de Sevilha a Écija, com o seu irmão Paulo, disse:
“Tirei os canários para que os escutar e tinha-os todos afectados, todos, que fazer, não me disseste, que não cantam e a surpresa que me eu levei hoje é que cantaram”.
Outra coisa que vejo, que Madrid põe em prática, é que uma vez finalizado a viagem, o canário temos que tirar e coloca-lo numa voadora e colocar agua limpa para que tome banho e estique e faça um pouco de exercício, isso logo que se possa fazer em primeiro lugar.

Logo outro tipo de considerações a ter em conta são as que afectam uma vez situado na sala de julgamento e queira fazer finca-pé no seguinte, que não se faz e antigamente fazia-se rigorosamente e é o seguinte; normalmente em todos os concursos coloca-se tudo no mesmo habitáculo, todos os canários,neste caso, há que procurar dentro do possível que não tenham contacto visual, nem auditivo directo. 

Rafa, observou o autor em Sevilha, que o homem coloca-os as suas transportadoras uma cortina diante que ele recomendou porque nos sítios que se vai, que por exemplo e que não reúnem as condições do local, este, que é enorme e podem-se  situar como se querem e não visto, mas num sitio reduzido é muito importante isso que ele colocou Rafa.
Os exemplares antes de entrar a concorrer devem colocar-se em bateria uns 15 minutos, para que comam e deixar assim que iniciem um pouco o canto, fazendo movimentos com as mãos, 
vai ver que eles vão ficar assustados, mas isto não se faz nunca, nada mais que da transportadora à mesa e logo o animal disse, que cante o teu pai, porque é assim. 

Isto sistematicamente em todos os concursos antigamente realizava-o a organização, o canaricultor não entrava e o transportador, o que entrava os canários, previamente enquanto eles estavam a concorrer na sala de julgamento estava preparando a bateria dos que entravam a continuação.
Isto deve fazer-se. E logo já para terminar, normas que creio que devemos respeitar estritamente; enquanto dura o julgamento de uma equipa não se pode sair, nem entrar no local de julgamento, o momento oportuno é quando se procede na entrada e saída de exemplares.
Capítulo especial merece que a conduta do criador, durante o período de julgamento, já que deve aguardar com absoluto silencio por respeito aos juízes, para que possam fazem bem as avaliações e aos donos dos exemplares.
porque há que ter em conta que são as ilusões e o trabalho de todo um ano, como é lógico uma vez terminado o julgamento permite-se todo o tipo de comentários aos aficionados acerca das qualidades daquele ou do outro canário.


UTRERA 1998!! (1º parte)
Por Francisco Alarcón

quarta-feira, 25 de julho de 2018

O sol irradia diferentes ondas de radiação

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O sol irradia diferentes ondas de radiação, e aquelas cuja a longitude oscila entre 400 a 800 mm (nanómetros; 1 nanómetro equivale à milionésima parte de 1 milímetro), são visíveis em forma de luz enquanto as mais curtas e as mais largas são invisíveis. As ondas mais curtas que podemos perceber são os raios luminosos violetas.
A estas ondas seguem outras que já não são visíveis, e que por isso designam-se com o nome de ultravioletas.
Estas irradiações ultravioletas podem separar-se mediante um prisma, de igual modo como se separam as radiações visíveis.
As ondas luminosas visíveis classificam-se a simples vista como vermelhas, alaranjadas, amarelas, etc., com grande número de graduações intermédias, mas a pele humana e animal estabelece, todavia, diferenças mais finas entre as radiações ultravioletas invisíveis. 
Cada longitude de onda põe em actividade um diferente aparelho cutâneo e com distintos resultados, a saber: A dilatação de vasos: As ondas de 250 e 297 mm descompõem um aminoácido que denomina-se histidina, produzindo uma substancia que dilata os vasos sanguíneos.
A vitaminação: As ondas de 262, 270, 280 y 293 nm actuam sobre uma gordura cutânea denominada colesterina. A esta gordura adere-se numa relação de 50.000/1, uma segunda gordura, a ergosterina. 
Esta ergosterina transforma-se numa baixa acção das quatro ondas mencionadas em vitamina D. Fora do organismo, quando a ergosterina é irradiada com luz ultravioleta, por exemplo, submetendo no leite que contem ergosterina na acção de uma lâmpada apropriada de luz ultravioleta, forma-se também em vitamina D. Pela irradiação da ergosterina pode-se preparar artificialmente grande quantidade de vitamina D .
Sem a vitamina D é impossível que os organismos animais podem unir o fósforo com o cálcio para formar os ossos, nem tão pouco formar a queratina com suficiente dureza para integrar a composição do bico e as unhas, pés, penas, etc., de distintos animais, não estando isento o homem. 
Quando falta a vitamina D produz-se o raquitismo nos animais jovens e osteomalacia nos animais adultos, além de outras anormalidades bem conhecidas.

A REPRODUÇÃO
A luminosidade é necessária para a reprodução, e para o canto, já que este último é uma manifestação sexual. Para uma boa reprodução necessita-se um mínimo de horas-luz por dia. O encurtamento dos dias, ou seja o número de horas-luz, traz como consequência a diminuição da actividade sexual. Paralelamente, desencadeia o fenómeno da muda, que não é mais que a preparação para enfrentar-se com a nova estação fria.
Desde há muito tempo sabe-se que a luz estimula a produção de ovos nas galinhas domésticas e em outras aves. As crónicas referem que na antiguidade os chineses colocavam de noite uma vela acendida junto à gaiola dos canários para estimula-los a cantar mais.
Muito depois, a princípios do século vinte, os agricultores do estado de Washington, nos Estados Unidos, comprovaram que podiam aumentar a produção de ovos no inverno colocavam no galinheiro uma lanterna (lâmpada) acendida, durante umas horas, todas as noites.
Porém, no passado pensava-se que a função da luz era principalmente a de aumentar o “dia de trabalho” do animal. Actualmente, se considera-se que exerce uma acção fisiológica: a luz entra pelos olhos e/ou pela pele da ave e chega ao cérebro estimulando a glândula pituitaria que secreta certas hormonas causantes da ovulação.
Por este motivo, a iluminação artificial do aviário com uma potencia mínima de luz é extremamente importante.
Para as fêmeas , um aumento da extensão do dia durante o período de crescimento estimulará sua maturação em forma antecipada. ao invés disso, uma diminuição da extensão do dia durante o período de crescimento retarda a maturidade sexual.
A luz afecta o aparelho reprodutor das aves mediante um mecanismo que compreende o cérebro, a glândula pituitaria, a tiróide, as glândulas suprarrenais e as glândulas genitais (gónadas). Nas aves, a diferença dos mamíferos, não requerem a presença de olhos para ter uma reacção fisiológica da luz. Tem a capacidade de perceber a luz directamente pelo cérebro mediante mecanismos todavia desconhecidos. Galinhas cegas podem responder à luz e aperceber-se quando a luz acende-se ou se apaga.
Isto significa que a luz passa pelas penas, a pele e os ossos para chegar ao cérebro. 
Porém, todos estes tecidos superficiais servem para filtrar grande parte da luz e só nos cumprimentos maiores de onda (laranja-vermelho) penetram no cérebro. Por isso é que o sistema reprodutor responde unicamente na luz laranja-vermelha (para a ovulação), em vez disso no sistema de engorda (frangos de corte, por exemplo), respondem melhor na luz verde-azul.
Nos canários, a cor verde favorece muito na operação de incubação e a tranquilizar muito mais efectivamente aos animais, com o qual a reprodução faz-se mais estável e segura.
As investigações tem demonstrado que para as aves requer-se, pelo menos, 0,5 bujías – pés para uma reacção reprodutora mínima. Também é importante compreender que a reacção das aves a luz não depende da extensão do dia ou da noite.
Tem-se compreendido que tem um período de sensibilidade à luz, que ocorre uma vez cada dia (período de 24 horas).
Ocorre 12 horas depois de acender-se as luzes e dura por um tempo de 4 a 6 horas. 
Chama-se a isto a fase fotossensível do dia. A luz diurna aumenta gradualmente durante uma época do ano e diminui nas outras. As horas diárias de luz natural por mês são as seguintes:

Janeiro-------------------------------10 horas
Fevereiro----------------------------11 horas
Março--------------------------------12 horas
Abril----------------------------------13 horas
Maio----------------------------------14 horas
Junho---------------------------------15 horas
Julho ---------------------------------14 horas
Agosto-------------------------------13 horas
Setembro---------------------------12 horas
Outubro-----------------------------11 horas
Novembro-------------------------10 horas
Dezembro--------------------------9 horas


As horas de luz contam-se desde meia hora antes da saída do Sol até meia hora depois de ocultar-se o Sol. Cientificamente falando, a intensidade mínima de luz para a produção de ovos e de sémen das aves é de 0,5 bujías-pie, quer dizer, 0,5 lumen/metro quadrado.
Isto consegue-se dando 3,3 watts de luz por metro quadrado de chão ou parede a iluminar que, traduzido a uma forma mais entendivel equivale a montar um foco de luz branca de 40 watts a una distancia de 1,80 m do chão da parede a iluminar.
Como nas galinhas calcula-se sobre a parte detrás dos pássaros, para chegar até ao chão diz-se que o foco deve estar a 2 metros de altura (no caso das galinhas poedeiras para criação).
Para os canários, também poderíamos adoptar o mesmo critério, mais iluminando à parede. Se por exemplo, há que iluminar uma parede de 3 m de largura por 3 m de alto (9 mts. quadrados), necessitam 3,3 x 9: 29,7 watts, o que é cumprido com demasia colocando um foco de 40 watts.
Podem-se usar focos de 25 w  e até de 15 w, se é necessário para fazer uma boa repartição da luz.
 O cálculo que temos exemplificado fornecimento o mínimo de luz, de maneira que também pode colocar dois focos de 25 watts perfeitamente ou dois focos de 15 watts. 
Sempre há que fornecer um pouco mais de luz que a que fornece o cálculo porque os focos ficam sujos com o pó e dão diariamente menos luz que quando estão limpos. Os focos devem limpar-se todas as semanas.
Também podem-se usar tubos fluorescentes, mas é mais delicado limpa-los.
No folheto “CANÁRIOS: OPERAÇÕES DE MANEJO”, damos melhores detalhes do mecanismo da acção da luz. Aqui estamos só expondo a sua importância.


EM CONSEQUÊNCIA:

Os canários, como qualquer outra ave ou animal, necessitam de luz.
Carece de todo fundamento científico o negar toda a luz que necessitam as aves, sejam eles canários ou pombos correio ou qualquer outro animal, incluído o Homem.
Muitos criadores vivem com a morte pintada nos seus animais por falta de luz suficiente
A doença Crónica Respiratória, a tuberculose, o raquitismo, a osteomalacia são signos representantes da falta de luz. Muitos canaricultores buscam afanosamente a comida salvadora ou o remédio mágico que lhes solucione os problemas que só os soluciona a luz. Por conservar as cores lipocrómicas das canários descuidam as cores melânicas de outros e a saúde geral do plantel.
Os aviários devem dispor de amplas janelas para alcançar uma excelente iluminação, e sem isso não é possível, devem contar com instalação eléctrica adequada para subministrar luz artificial quando faz falta. Não há que preocupar-se tanto das cores lipocrómicas exageradas porque, justamente, são cores alcançadas através de uma pigmentação antinatural manejada pelo homem para embelezar os animais.
Mas não devemos descuidar a enorme acção beneficiosa da luz que favorece na pele, nas penas, aos ossos, na formação da melanina, ao bico, nas unhas, etc., do canário.
Favorece o canto, na actividade muscular, a actividade celular, a actividade sexual, na reprodução,na criação, etc. Façamos de nossos aviários um bosque cheio de vida e não uma habitação de doentes crónicos.
Não saturemos os locais com uma quantidade excessiva de animais, com odores estranhos a amoníaco, sulfeto , dióxido de carbono, odores a sementes, a material humedecido, etc. A vida estabelece-se com luz e ar, duas coisas que normalmente falta em demasia em alguns criadores de canários.


RESUMINDO

Dar ênfase a estes conceitos em favor da luz para uma melhor vida dos canários, quer dizer:
– Favorece a acção dilatadora dos vasos sanguíneos.
– Favorece a formação e acção da vitamina D.
– Favorece na pigmentação da pele,penas, unhas e bico.
– Favorece na desinfecção da pele.
– Favorece na imunização da pele e do organismo.
– Favorece na pressão sanguínea e no aumento muscular.
– Favorece a eliminação das células mortas da pele.
– Favorece ao embelezamento do corpo.
– Favorece na irradiação celular.
– Favorece na  do sistema nervoso.
– Favorece na hormona da claridade.
– Favorece o amadurecimento sexual e na reprodução.

terça-feira, 24 de julho de 2018

Audio, Educação e Confusões



Uma das consequências do uso de meios digitais para a educação dos canários timbrados é a distribuição indiscriminada de audios, motivado principalmente pela naturalidade com que isto se faz com qualquer tipo de material digital e porque a maior parte dos que distribuem não são os criadores do material que distribuem pelo que não há sentimento de culpa algum, pelo contrário, para eles tudo está plenamente justificado, em alguns casos com a desculpa de ajudar os outros . Longe de querer entrar neste áspero assunto  para evitar ferir susceptibilidades desnecessariamente, e por isso até aqui deixo-o como introdução.

O fácil acesso a muitos audios ou giros/gorjeios por parte de uma grande base dos aficionados por um lado tem ocasionado que muitos aficionados, em especial os que começam os usem sem realmente entender a cabalidade que estão usando como modelo de educação para os seus canários.

O autor está de acordo em proporcionar uma base para o começo, para incentivar o crescimento do  passatempo e um nível mínimo de competitividade, e com este propósito neste mesmo blog facilita-se a descarga de dois audios, mas isto é muito diferente da distribuição indiscriminada e massiva de todo material que se obtenha de qualquer fonte. Esta base deve ser trabalhada com a orientação que cada criador lhe queira dar.

Ironicamente, um bom audio, com a combinação e com uma boa genética (i.e. canários seleccionados por capacidade para a aprendizagem), pode obter algum criador para fazer alguns prémios sem querer conhecer conhecer o código de canto (que não consiste unicamente, de passo em identificar todos os giros/gorjeios).

Por um lado, encontraremos aficionados satisfeitos com os resultados obtidos e por outro lado outros frustrados pelas pontuações alcançadas pelos seus exemplares, alguns ainda que ainda "partindo a cabeça" para explicar-se o motivo.




Um bom audio é o ponto de partida e nesse sentido deve estar correctamente adaptado na capacidade de aprendizagem do seus exemplares, pode fazer mas hacerlo mais patente, um audio que pode funcionar às mil maravilhas num canaril pode fazer mediocremente em outros ou pior ainda pode causar estragos.

Uma das maneiras de garantir a adaptabilidade é na selecção dos exemplares pela sua capacidade de aprendizagem tratando na medida do possivel, claro está, de não trocar radicalmente a estrutura do audio e minimizar na variabilidade dos giros/gorjeios que o compõem.

A impaciência e o desespero por obter prémios ocasiona em trocas radicais no audio, ainda que si entender suas consequências, e na introdução de exemplares a direita e esquerda para atingir o tom no ano seguinte. o autor reserva-se a opinião sobre esta maneira de proceder, no imediato e o facilitismo predominam sobre as virtudes principais dos canaricultores; a paciência e o trabalho. Os prémios devem ser uma consequência do trabalho e não o produto de um atalho ao produto final, e que, obtendo desta forma, é de natureza efémera e volátil.


Infelizmente a comercialização de exemplares está associada ao resultado nos concursos e já sabeis o resto da historia.

Todos temos que vender ou oferecer exemplares ao final de cada temporada por um tema de capacidade de manejo, mas uma coisa muito distinta é essa, em contraposição na necessidade imperiosa para alcançar uma ficha decente ou um prémio para melhorar um melhor preço de venda.

Difícil é competir em alguma disciplina sem compreender o cabal do regulamento que regula , é como jogar ao futebol só dando pontapés na bola com o objectivo de mete-la na baliza contraria, sí, esse é o principio básico, mas para poder jogar correctamente deves saber que é um “fora de jogo”, um penalti ou uma mão.

Igual sucede com tudo e a canaricultura de canto não é a excepção, se não se conhece o código de canto cometem-se erros, alguns em termos de composição outros em termos de estrutura e interpretação.

Um dos erros mais comuns, sobre tudo para aqueles que começam é a confusão entre giros/gorjeios e cito os mais comuns.

1.-Confundir floreios lentos com floreios, sendo os primeiros de natureza descontinua e os primeiros semi-continua. É o ritmo de emissão o que os diferencia. Os audios geralmente estão mais orientados para os Floreios lentos que para os Floreios, e o aficionado tende erroneamente a pensar que uma boa qualificação em Floreios Lentos gera uma equivalente em Floreios.

2.- Floreios Lentos com Cascavel: o som da cascavel deve apreciar-se claramente, o do Floreio normalmente ser o esforço de tratar de imitar uma nota que é um pouco “antipática” para alguns aficionados já que geralmente degenerar-se facilmente com o "cio" e está muito correlacionada com o timbre metálico sendo a excepção aqueles exemplares que possuem em cascavel e não em timbre metálico. 
Por outro lado, a posição de pico e seu movimento na emissão da Cascavel são uma ajuda visual infalível.

3.- Há execuções deficientes, boas e muito boas: o feito que um exemplar execute um giro/gorjeio não significa que tem uma pontuação de forma automática, há que avaliar COMO ou executa, tem cloqueios francamente maus, outros bons e outros muito bons, é por isso que há uma escala para qualificar cada giro/gorjeio, isto pareceria ser ignorado por alguns aficionados. A dicção é muito importante para a avaliação do giro/gorjeio, ao igual quando uma pessoa fala não é o mesmo que pronuncie uma palavra de forma devida ou que a encurta incorrectamente, certamente entenderemos o que digo, ainda não o disser correctamente, mas não por isso podemos dar-lhe a mesma valorização.

4.- O audio é a ficha, uma ficha deficiente limitará os resultados:
Se o audio contem defeitos, é muito possível muito possível que os exemplares que aprendam dele também isso.
De igual maneira se o audio só contem certos giros/gorjeios, é muito provável que os gorjeios dos nossos exemplares se circunscrevam a eles, se este é a sua única fonte de aprendizagem.

Outras virtudes necessárias e desejadas, dependem mais das capacidades genéticas dos exemplares que da sua disposição no audio objectivo, todos aqueles criadores que tem já educando com audio sabem de sobra que cada exemplar interpreta e executa a sua maneira o material de aprendizagem e um dos aspectos que mais se valorizam é a qualidade dos exemplares.

Um exemplar mal acasalado entre dois giros/gorjeios diferente podem gerar uma falta na hora da execução. A capacidade de improvisação é também uma característica notória dos bons exemplares, i.e. começar a execução do repertório de uma maneira distinta em cada ocasião como normalmente fazem alguns exemplares.

Desafortunadamente para los detractores dos sistemas de educação os exemplares educados NÃO SÃO IGUAIS, todo o contrário, existem muitas diferenças entre cada exemplar como bem sabemos os que usamos esta metodologia. Agora bem, não desaproveitemos a oportunidade de imprimir o nosso toque pessoal e distintivo a nosso audio objectivo, porque, ¿Que mérito tem usar o trabalho de outro? Nenhum.

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- Crias canários? - ¡Que raro és jovem! - Mas porque fazes?  Coleccionas? –

Devo reconhecer que, antes estas perguntas, salvo contadas excepções, a minha paciência esgota-se em forma exponencial. Tudo isto, claro está, depois de ter tratado de responde-las, no passado, da maneira mais didáctica possível a fim de incorporar algum aficionado mais a las filas da ornitologia desportiva e em particular as do canário timbrado. Depois da cara estupefacta do nosso interlocutor, que demonstra um desconhecimento absoluto da paixão da ornitologia, sucede-se a típica pergunta de quantos tens e se estão todos juntos ou algo parecido.

E em última instância,olham-te, como se de um louco se trata,e possivelmente despedem-se com uma palmadita no ombro e umas palavras suspiradas a título de murmúrio:

- Que bem jovem, não tinha nem ideia que existe esse passatempo – Uma vez  afastam-se em busca de outra pessoa para conversar além dos seus temas  quotidianos.
Possivelmente, a partir de aí te convertas e num bicho raro e em qualquer conversação donde intervenha  o nosso surpreendido interlocutor inicial normalmente salta ou :

- Ah não sabes qual é o passatempo deste? 
Cria canários e treina-os que cantem raro . ¡Não pode ser! – 
salta o outro - e como é isso? - e ai vamos como no monopólio quando cais na famosa "casa" VÁ DIRECTAMENTE PARA A PRISÃO. Entende-se um pouco da opressão?

E é que se não é outro que disse que o seu avozinho criava uns canários fabulosos ou que tem um colega no metro que é campeão ou tem umas pombas com a la cola rara, e com isso vais um pouco mais salvo, para eles não és um psicopata, senão que pertences a um clube de loucos.
E de novo o autor sente-se como Bill Murray quando soa o despertador no “el día de la marmota” (um filme  que ninguém deveria perder).

O certo do caso é que a paixão pela canaricultura desportiva se mesma paulatinamente por diferentes factores, e comento alguns:

Disponibilidade de espaço (-): O autor é um dos poucos que quando vai num carro vendo edifícios  fixo-me particularmente nas varandas e vou tratando de estabelecer a sua potencialidade como possíveis aviários. irracional?

Pode ser, não sei se é paixão ou já há  rasgos de fanatismo.
Faz uns anos a paixão pela criação de aves era muito mais comum e não soava a ser estranha à  maioria das pessoas, a migração da população rural a las grandes cidades junto com a redução, em alguns casos minimalista, da superfície dos apartamentos que constituem-se em um desafio para um desafio  para os criadores de aves e em particular a dos canários de canto.

Não se trata só de encontrar um espaço milagrosamente, além disso terá que contar com o consentimento do teu conjugue, além que há que contar com que nenhum membro da comunidade que vive no teu piso ponha uma queixa pela contaminação sonora que as tuas aves ou teu sistema de educação (se aplica) produzam.
Que dizer da utópica necessidade de dispor de três espaços: criação, adultos e educação(ou não educação).
A disponibilidade de espaços, sem duvida, uma condição crítica, necessária mas não suficiente.

Falta de divulgação (+): Ainda quando em termos gerais, a divulgação tem sido um dos aspectos que tem evoluído positivamente, pela grande potencialidade que encerra. A divulgação da  paixão que se tem constituído um autêntico salva-vidas, não só da canaricultura desportiva senão de muitas outras paixões ou passatempos.

As publicações em blogs ou em diferentes instâncias de redes sociais como Facebook, YouTube, WhatsApp, Instagram e muitas outras, permitem-lhes a outros aficionados desde qualquer lado do mundo compartir experiências em forma de multimédia em forma quase instantânea, é assim como os interessados conhecem os resultados de qualquer concurso, fotografias ou vídeos dos eventos ou ler algum artigo de algum entendido sobre algum tema de interesse.

No passado, ter acesso, na profundidade e amplitude de recursos, da forma em que se dispõe actualmente era impossível, apenas alguns artigos em revistas unicamente disponíveis “no papel” (analógicas, seria ou  término “respectivo” actual) e algum que outro livro eram os meios disponíveis para que o interessado criador aprofunda sobre seu gosto em particular.
O foco da divulgação mediante as redes sociais foca-se numa audiência cativa ou a grupos de aficionados que ao menos mostram interesse no tema, mas não na audiência potencial, e esta é a  forma de fazer crescer o "passatempo".

Neste sentido, a divulgação mediante reportagens televisivas e notas de imprensa que servem para despertar o interesse das pessoas com interesse potencial mas carentes da iniciativa ou dos meios para começar com o passatempo.
Outro médio de alto potencial, mas em menos preço por sociedades e aficionados é a exibição de exemplares nos concursos. 

Desafortunadamente a exibição é uma prática em desuso, os aficionados sempre andam com pressas e a duras penas levam seus exemplares a concorrer e os retiram apenas terminam de ser julgados, este pragmatismo permite suster a participação do passatempo existente mas fraco favor para o futuro.
Quem não se recorda no passado os aficionados com as mãos entrelaçadas fazia atrás, observando e escutando os exemplares premiados e fazendo perguntas sobre as suas virtudes canoras, talvez a não exibição nos concursos careça de aplicabilidade em concursos de baixa participação, mas sim naqueles de renome e com alta afluência de criadores.





Claridade Conceptual
Um dos principais  propulsores de qualquer passatempo é a clarificação de objectivos que se persegue e que ao fim ao cabo o sentido de competitividade entre os aficionados.
O desconhecimento do código ainda por parte dos novos aficionados e outros não tão novos conduz a desacertos na condução dos aviários que ultimamente incidem no fracasso nos concursos. 

Os poucos aficionados que se incorporam no passatempo, eles geralmente vão pela mão de amigos e colegas cujas tendências e conhecimentos condicionam o principiante numa determinada direcção, situação que só muda se produzir uma evolução na compreensão da canaricultura de canto e o concede espaço, a sua vez, a seus gostos pessoais.
Nos aspectos positivos, a realização de workshops e conferências que divulgam e contribuem no esclarecimento de conceitos básicos do passatempo.
Em traços gerais, a claridade conceptual na canicultura de canto continua sendo uma assinatura pendente.



Divide e Perderás: desde muito antes de seu reconhecimento como raça, o canário timbrado espanhol (e todos os nomes que o queiramos colocar para dizer que isto é outra coisa) tem sido objecto de acesas polémicas e sistemáticas desqualificações pelos aficionados pertencentes às diferentes tendências.

Nunca houve pleno acordos e sempre algum experiente tornou e politizou o passatempo para fins narcisistas ou de protagonismo pessoal.
Esta permanente e  fonte esgotadora de desacordos em torno do timbrado espanhol tem mudado muitos aficionados que preferem evitar a polémica permanente e a intolerância dos seus protagonistas em favor da tendência da sua preferência.

Pode-se falar de outros aspectos que influem positivamente como bastião de um nutrido sector deste passatempo como o é na difusão e o acesso aos sistemas digitais de educação,contudo, em termos gerais a amplitude de opções, a falta de claridade e a falta de uma visão comum nos métodos e no objectivo final (apesar da negação de alguns) são factores de bloqueio importante para o crescimento desta paixão.

Talvez na situação actual seja o produto da constante exacerbar pela evolução e não na busca do perfeccionismo do já claramente definido, tudo isto claro está, ocultando um individualismo pouco favorável ao colectivo do passatempo.

Definição de Giro em português




giro /Giro
(grego gúrosoucírculoespaço circular)

prefixo

Exprime a noção de movimentoespecialmente movimento circular (ex.: autogirolevogiro).

Palavras relacionadas:
.

gi·ro 
(grego gúrosoucírculoespaço circular)

substantivo masculino

1. Movimento em torno de um eixoem torno de si mesmo ou em volta de um objecto. = ROTAÇÃOVOLTA

2. Movimento circular de quem passeia (ex.: vamos dar um giro). = PASSEIOVOLTA

3. Uso de palavras desnecessárias ou evasivasrodeio de palavras. = CIRCUNLÓQUIODIVAGAÇÃO

4. Orientação.

5. Circulação (de letras de câmbio).

6. Movimento comercial.

7. Tarefalida.

8. Percurso feito para vigiar algo ou para distribuir ou recolher alguma coisa. = RONDA

9. Turno ou vez de uma actividade.

10. [Portugal: Madeira]  Título de transporte recarregável da área metropolitana do Funchal.

11. [Jogos Jogo de quatro parceiros no bilhar (dois contra dois).

adjectivo

12. [Portugal]  Bonitolindo (ex.: saia gira).

13. [Portugal]  Elegante (ex.: estás girahoje).

14. [Portugal]  Interessantecom qualidade (ex.: livro giro).

15. [Portugal]  Que tem qualidades positivas (ex.: ele teve uma atitude gira).

16. [Geometria Diz-se de ângulo que mede 360 graus. = COMPLETO

Palavras relacionadas:
.

ge·rir Conjugar

verbo transitivo e intransitivo

Administrardirigir (negócios).

Palavras relacionadas:
.

gi·rar Conjugar

verbo intransitivo

1. Dar voltas em torno do seu eixo.

2. Descrever uma curva.

3. Andar em giro.

4. Circular.

5. Ir andandoser levado.

6. Andarter circuitoter cursocorrer.

7. [Informal]  Passear.

8. [Figurado]  Agitar-selidar.

9. Negociar.

verbo transitivo

10. Circundarpercorrer em volta.

11. [Brasil]  Endoidecerficar maluco.

Palavras relacionadas:
giracircularcocãogirotegirogirarpercorrergravitar



"giro", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/giro [consultado em 24-07-2018].

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Valorização do canto



III - Valorização do canto.

1.- Questões chaves na valorização do canto.
O primeiro passo a dar pelo juiz quando um canário começa a cantar, uma vez considere que o exemplar se ha metido en canto (cogiendo la entonación adequada e definindo os diferentes giros/gorjeios ou variações) como requisito prévio e imprescindível prévio para uma correcta valorização, é analisar a canção emitida atendendo as características das suas qualidades sonoras e musicais.

Lembrar o seguinte  :

1.1.-Qualidades do som.

  1) Tom: O feito de que o canário de Canto Timbrado Espanhol seja a raça que emite no seu canto um registo tonal mais elevado e que considera-se como tenor dos canários (sendo o barítono o Malinois Waterslager e o baixo o Harz Roller) não quer dizer que as suas canções sejam estridentes ou desagradáveis ao ouvido, todo lo contrario.
O registo tonal do Timbrado deve ser quanto mas amplo melhor, para assim poder em jogo os seus imbatíveis dotes musicais, através das mais belas e complicadas modulações vocais.
Não deve haver no canto trocas bruscas de tonalidade que possam dar lugar a sons que rompam a linha melódica da canção, bem por excesso (estridências) ou por defeito (tom excessivamente pobre).

2) Intensidade: A intensidade do canto deve ser em todo momento a adequada.
O canário deve jogar com a potencia ou força da sua voz, com o que que se consegue uma série de matizes musicais que embelezam extremamente o canto. Deve evitar-se a emissão de giros/gorjeios ou canções tanto com um grau de intensidade demasiado alto, que resultaria em estridências, com  um grau de intensidade pobre.

 3) Timbre: Já sabemos que o timbre é a qualidade que personaliza ou som e  permite-nos identificar a seu emissor.
No canto de todo o canário encontraremos passagens, principalmente, de três tipos de timbre ou sonoridade: metálica, oca e aquosa.

Nas raças de canários de canto encontramos uma sorte de especialização, com clara relação com o registo tonal que possuem :

__________________________________________________
Raça                         Registo tonal              Timbre metálico    
Timbrado                  Alto                              Metálico                
Malinois                   Médio                          Aquoso                   
Roller                       Baixo                            Oco                        


Como vemos, o timbre de voz do Canário de Canto Timbrado Espanhol é, por definição, brilhante, metálico; ainda que tambem encontramos no seu canto partes de timbre ou sonoridade oca e aquosa. A maior variedade e contrastes, mais atractivo resulta seu canto.

1.2.- Qualidades da música.

1) Ritmo: O ritmo de emissão do canto do Timbrado Espanhol deve ser quanto mais
pausado melhor.

2) Melodia: Enquanto a sucessão de sons ligados com sentido musical, deve ser
rica e variada.

3) Harmonia : dado que a harmonia é um dos conceitos que se considerar na ficha de julgamento
 que se mencionará dela mais adiante.

2.-Três perguntas a responder.
Para começar a analise e valorização dos diferentes gorjeios/giros que o canário expressa
na sua canção devemos responder a três perguntas:

1) QUE GORJEIO / GIRO DISSE O CANÁRIO?

2) COMO O DISSE?

3) ONDE O DISSE ?

3.-Valorização dos gorjeios/giros.

1) IDENTIFICAÇÃO DO GORJEIO/GIRO :

 Responde à 1ª pergunta.

a) A Análise do texto fonético (consonantes e vogais) para determinar de qual das
distintas variações do canto o nosso canário se trata.
Nesta tarefa serve-nos tarefa uma classificação dos gorjeios/giros em atenção a composição do seu texto fonético (limitado ou ilimitado).
Nos gorjeios/giros de texto fonético limitado se realizar-se-a  a identificação através das consoantes e vogais típicas que os configuram.

b) Estudo do ritmo de emissão (continuo, semi-continuo e descontinuo), já que há gorjeios/giros que comparten nas mesmas consoantes e vogais e só se podem distinguir atendendo à sua  cadencia de emissão. Neste sentido consideraram-se:

 Gorjeios/Giros de ritmo continuo: aqueles que nos dá a impressão de que o som sucede-se sem sem solução de continuidade;  sucede-se sem solução de continuidade; ao nosso ouvido que é capaz de discernir as diferentes sílabas que o canário produz-se pelo denominado fenómeno de persistência sensorial (nosso cérebro cree estar escutando um mesmo som continuo).

Gorjeios/Giros de ritmo semi-continuo: en éstos nuestro ouvido já pode distinguir cada
uma das sílabas que compõem  o gorjeio/giro, apesar de emiti-las de forma muito próxima entre si.

Gorjeios/Giros de ritmo descontinuo: a separação entre as diferentes sílabas ou palavras do gorjeio/giro são ainda mais marcadas (denominamos palavras aos diferentes sons que constituem um gorjeio/giro ou variação e que estão formados por duas ou mais sílabas misturadas).

Esta classificação não deve ser considerada rigidamente, já que um mesmo tipo de gorjeios/giros  pode ser emitido com ritmos diferentes.
Por exemplo e como excepções que confirmam a regra, os cloqueios, al igual que os floreios, podem ser emitidos com ritmo semi-continuo ou com ritmo descontinuo.


2) ANÁLISE DO GORJEIO/GIRO:

Responde à 2ª  3ª preguntas.


a) PUREZA DA DICÇÃO :

-Deficiente: apenas distinguem-se as consoantes que intervém no gorjeio/giro.

-Regular: O som das consoantes prima sobre as vogais.

-Boa: Equilíbrio na pronunciação de consoantes e vogais.

-Muito BoaAs consoantes percebem-se claramente mas prima o som das vocais, fazendo que o som resulte mais suave e agradável.

b) Forma de emissão :

-Ter em atenção ao tom: recto ou modulado (ascendente, descendente ou ondulado).
Se consideraram-se de mais valor os gorjeios/giros emitidos de forma modulada, sendo a sua ordem de mérito de maior ao menor valor o seguente:

a) Modulação ondulada;
b) Modulação descendente; e
c) Modulação ascendente.

-Em atenção à intensidade: (matizes musicais ou modulação da intensidade, consistentes na capacidade do exemplar para jogar com a intensidade do som do gorjeio/giro; exemplo in crescendo, in descendo, forte,
fortissimo, piano, pianissimo, etc.)

-Em atenção ao ritmo: capacidade do exemplar de alterar o ritmo musical do gorjeio/giro (por exemplo: aumentando ou diminuindo a cadencia de emissão).

-Complexidade fonética do gorjeio/giro (em atenção a las consoantes e vocais que intervém  no mesmo).
-Duração do gorjeio/giro: a duração do gorjeio/giro não pode ser nem muito breve nem muito
prolongada.

c) BELEZA: MUSICALIDADE INTRINSICA (do gorjeio/giro em si mesmo) e EXTRÍNSECA
(do gorjeio/giro dentro da canção ou melodia do canário).

4.-Aplicação das pontuações.


Sendo todas as pontuações correspondentes aos diferentes gorjeios/giros ou passagens da
ficha de julgamento três ou múltiplo desta quantidade, isso leva-nos a considerar como prática técnica no julgamento  os seguintes detalhes:

1º) Quando há varias formas de emissão de um mesmo tipo de gorjeios/giros, a valorização realizar-se da forma mais fria e objectiva possível, atendendo à qualidade media dos mesmos.

Temos de evitar ser benevolentes pela presença de gorjeios/giros de extremado valor junto a outros medíocres ou defeituosos ou, ao contrário, demasiado severos ao considerar os defeituosos por encima das virtudes.

2º) Só se pontuaram aqueles gorjeios/giros que tenham, como mínimo, uma qualidade aceitável ou suficiente.
Os deficientes, quando não constituíam motivo de penalização, não se tomaram em consideração salvo para matizar a pontuação daquelas outras variações realizadas pelo exemplar e enquadradas no mesmo apartado da ficha de julgamento.

3º) A escala de pontuação dos diferentes gorjeios/giros divide-se em três escalões:

a) O primeiro terço da escala de pontuação será atribuído aqueles que os gorjeios/giros que se
consideram regulares, suficientes ou aceitáveis.

b) O segundo terço da escala de pontuação será atribuído  aqueles gorjeios/giros que se
considerem bons.

c) O  terceiro terço da escala de pontuação  será atribuído aqueles gorjeios/giros que se
consideram muito bons, excelentes o superiores.

4º) A pureza da dicção e a forma de emissão do gorjeio/giro determinará ou escalão ou
terço da pontuação.

5º) A beleza ou musicalidade do gorjeio/giro servirá-nos para ter uma forma da pontuação final.

continua brevemente...

Canarios timbrado floreado